Índice de reajuste, PLR maior e emprego serão definidos na plenária final

Grupo 1 discutiu temas relativos à remuneração e emprego

Rede de Comunicação dos Bancários
Clara Quintela e Jair Rosa

O índice de reajuste a ser aplicado nos salários, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e as propostas para a contratação da remuneração total da categoria serão levadas à votação do plenário no domingo 31, quando se encerra a 13ª Conferência Nacional dos Bancários.

“A Conferência Nacional coroa um processo rico de debate iniciado pelos sindicatos e federações há quase dois meses. A categoria está lendo, discutindo e construindo conjuntamente um documento rico de disposições organizativas e reivindicatórias que é referência inclusive para outras categorias”, avalia Carlos Eduardo Bezerra, coordenador do grupo que discutiu Remuneração e Emprego na tarde deste sábado, durante os trabalhos da 13º Conferência Nacional.

Embora não se tenha chegado a um entendimento sobre qual índice será reivindicado, a grande maioria dos delegados defende que a conquista do aumento real é uma das principais prioridades da categoria na Campanha Nacional Unificada 2011.

As cláusulas econômicas foram discutidas no Grupo 1, que tratou dos temas Remuneração e Emprego. Entre os consensos que deverão ser referendados, também em plenário, estão os valores para os vales refeição e alimentação. Cada uma dessas verbas deverá corresponder, respectivamente, ao valor de um salário mínimo (R$ 545).

Carlos Eduardo sublinha como um dos avanços no grupo o debate sobre auxílio creche/babá, que pela proposta deve passar a se chamar auxílio infância. “O consenso, que deve ir ao plenário, é que nos afastamentos por doença de qualquer natureza ou por acidente de trabalho e aos empregados demitidos seja concedido no mínimo o valor mensal de um salário mínimo para cada filho, sendo que nos casos em que o recebimento for de um salário mínimo não será necessária a comprovação da despesa”, afirma o coordenador.

A negociação de um Plano de Cargos e Salários (PCS) que valorize a totalidade dos trabalhadores nas agências e departamentos também foi defendida pelos delegados. Outra exigência que deve ser levada à mesa de negociação é que seja criada uma verba complementar destinada aos trabalhadores da compensação de cheque. Com o fim da jornada à noite e, consequentemente, do adicional noturno, é necessário que seja mantida a remuneração mensal desses trabalhadores.

Também foi proposta a criação de vales combustível, cultura e farmácia. Este último seria restrito aos bancários afastados por motivo de doença.

Emprego

O grupo aprovou a elaboração de um documento que será encaminhado à presidenta Dilma Rousseff detalhando as demissões que vêm ocorrendo no setor bancário e reivindicando a ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe demissões imotivadas.

Também foi aprovada a inclusão de uma cláusula de reconhecimento de tempo de trabalho a todos os bancários que completarem 25 anos de casa (mesmo os que vieram de outros bancos por meio de fusão), no valor de dois salários nominais.

Venda responsável de produtos financeiros

Os delegados também aprovaram que a Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros, documento elaborado pela Uni Finanças, braço para o setor financeiro da UNI Sindicato Global, entidade internacional à qual a Contraf-CUT é filiada, seja apresentada aos banqueiros para que eles assinem e se comprometam com a venda ética de produtos e cumpram seu papel social.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram