CUT: mulheres na V Marcha da Classe Trabalhadora

Às vésperas da V Marcha da Classe Trabalhadora mulheres de todo país, do campo e da cidade, preparam suas bandeiras para tomarem as ruas de Brasília, na próxima quarta-feira (3). Em entrevista ao Portal Mundo do Trabalho a secretária sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane da Silva, fala sobre a participação das mulheres na marcha e analisa os avanços para a eqüidade.

Como será a participação das mulheres nessa V Marcha da Classe Trabalhadora?

As mulheres participaram ativamente, do processo de construção da marcha, desde a sua preparação nos estados até chegar a Brasília, comparecendo em todas as plenárias realizadas nos estados e nos ramos.

Como as mulheres levarão o tema da igualdade de oportunidades?

O tema igualdade de oportunidades é prioritário e apresentaremos em todas as audiências que ocorrerão com executivo, legislativo e judiciário, tendo como centro de debate a necessidade de avançar em direitos para toda a classe que é composta de dois sexos. Este tema significa lutar de fato por outra sociedade, mais justa e igualitária, ou seja, é lutar realmente por uma sociedade socialista.

Quais as outras bandeiras?

Em todos os temas da V Marcha pautamos a transversalidade de gênero, pois para construímos um modelo de desenvolvimento centrado na valorização do trabalho e distribuição de renda é necessário pensar políticas públicas e de emprego para os setores mais vulneráveis na sociedade, e as mulheres são as primeiras e principais vítimas do desemprego e da rotatividade.

No momento em que o Estado não cumpre com o seu papel de garantir políticas públicas para as mulheres, são elas que voltam para casa para cuidar dos idosos, crianças e doentes. Então para nós mulheres, é estratégico lutar por um modelo de desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuição de renda e com inclusão social.

Faça uma análise dos avanços e desafios do conjunto da classe trabalhadora para o próximo período?

Os desafios são muitos para o próximo período, pois com a crise financeira que se alastrou pelo mundo é necessário construir a unidade da classe, em defesa dos nossos direitos. Só avançaremos em conquistas se tivermos mobilização social, muita solidariedade de classe e unidade na ação.

O fundamental é disputar a hegemonia da sociedade com um projeto político onde as pessoas são a prioridade e não o mercado. O grande desafio para a CUT, no próximo período, e que as mulheres sejam protagonistas nesse processo.

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