Greve dos bancários e funcionários dos Correios toma as ruas de Belém

Passeata dos bancários denuncia metas abusivas dos bancos

Cerca de 300 bancários e funcionários dos Correios pararam a Av. Presidente Vargas, um dos principais corredores financeiros de Belém, na manhã desta quinta-feira (29). As duas categorias paralisaram suas atividades por tempo indeterminado diante da intransigência de seus patrões, e unidas foram às ruas protestar por melhores salários, condições de trabalho e por mais segurança.

A passeata foi pacífica, bem humorada e animada. Os trabalhadores fizeram um grande apitaço ao longo de toda a avenida, soltaram fogos, ergueram faixas, cartazes e bandeiras, distribuíram panfletos para a população informando os motivos da greve, falaram alto em carro som em frente a todos os bancos públicos e privados e na agência central dos correios da Presidente Vargas, e até uma bateria de escola de samba foi improvisada pelos manifestantes.

Os bancários e bancárias de todo o país entraram no terceiro dia de greve. Até agora nenhuma nova proposta foi apresentada aos trabalhadores, que continuarão de braços cruzados até que os bancos apresentem uma proposta decente. “Nossa greve continua forte e contamos, também, com o apoio e a compreensão da população, que durante esse período pode pagar suas contas, fazer depósitos, transferências etc, em canais alternativos como os caixas eletrônicos, correspondentes bancários e internet banking”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.

Cresce a adesão à greve no Pará

No Pará, a adesão ao movimento grevista, tanto na capital quanto no interior do Estado, tem aumentado a cada dia, graças à mobilização que o Sindicato vem fazendo dentro das agências com os bancários e bancárias. O balanço desse terceiro dia de greve da categoria foi de 220 agências paralisadas em 64 municípios paraenses.

Banpará

A passeata desta manhã parou em frente à matriz do Banpará, em Belém, local onde também acontece as negociações específicas. Lá, vários bancários e bancárias aguardavam do lado de fora o início de mais uma rodada de negociação específica, como uma forma de pressionar o banco a atender às reivindicações do funcionalismo do banco.

Correios

Os funcionários dos Correios estão desde o dia 14 de setembro em greve, e assim como os bancários exigem também reajuste salarial, melhores condições de trabalho e mais segurança. “Apesar de a greve ser um direito do trabalhador, a empresa quer descontar os nossos dias parados e por isso fomos para a Justiça com o objetivo de impedir mais um abuso da patronal”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Pará e Amapá, Paulo André da Silva.

Mobilização

“Cada bancário tem que ter a consciência de que a greve é um direito legítimo, e somente com a adesão e a união de todos os trabalhadores conseguiremos mostrar aos banqueiros que somos uma categoria forte, mobilizada e que merece respeito, melhores condições de trabalho, mais segurança e principalmente melhores salários”, destaca Rosalina Amorim.

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