Assembleia em frente a Caixa, na capital mineira, decide manter a greve
Os bancários da base de Belo Horizonte e Região mostraram mais uma vez que estão dispostos a lutar contra a intransigência dos banqueiros e das direções dos bancos públicos federais. Um número ainda maior de bancários paralisou suas atividades e se concentrou nesta segunda-feira, 23, em frente à agência Século da Caixa, na praça Sete, no centro de Belo Horizonte, onde realizaram assembleia que definiu pela continuidade do movimento.
Durante o ato, o Departamento Cultural do Sindicato juntamente com a Cia dos Aflitos, promoveu apresentação teatral que denunciou a exploração dos bancários, com metas abusivas e o consequente adoecimento.
Para intensificar a mobilização e chamar ainda mais bancários a aderirem ao movimento, nesta terça-feira, 24, às 11h30, será realizada concentrarão em frente à agência Centro do Banco do Brasil, na rua Rio de Janeiro, 750. No local, o Departamento Cultural do Sindicato promoverá apresentação de esquetes teatrais e show com a Banda dos Bancários. Além disso, em solidariedade ao movimento de greve nacional dos funcionários dos Correios, será realizado ato conjunto das duas categorias.
Em seguida, bancárias e bancários sairão em passeata pelas principais ruas do centro de Belo Horizonte para mostrar à população as reivindicações da categoria e protestar contra o Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização sem limites. O projeto do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) causará grandes prejuízos se for aprovado, precarizando as relações de trabalho e a organização dos trabalhadores brasileiros.
A greve por tempo indeterminado foi deflagrada em assembleia realizada no dia 12 de setembro em resposta à intransigência dos banqueiros e das direções dos bancos federais que se recusam a atender as reivindicações da categoria. A proposta apresentada pelos bancos no dia 5 de setembro, de 6,1% de reajuste sobre todas as verbas salariais, sem qualquer aumento real, foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários ainda na mesa de negociação.
Dentre as reivindicações, os bancários pedem reajuste salarial de 11,93% (inflação mais 5% de aumento real), PLR de 3 salários mais R$ 5.553,15 fixos, piso de acordo com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), auxílios alimentação, refeição, 13a cesta e auxílio creche/babá de R$ 678 (salário mínimo nacional) cada um, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais contratações e fim das demissões, mais segurança, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, auxílio-educação para graduação e pós-graduação e igualdade de oportunidades, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
O presidente do Sindicato, Cardoso, destacou a importância da participação dos bancários para a vitória da Campanha Salarial. “Temos que reforçar a mobilização para exigir que os bancos atendam nossas justas reivindicações. O movimento está crescendo e, nesta terça-feira, realizaremos um grande ato e uma passeata para convocar ainda mais bancários para aderirem à greve. É fundamental que todos participem para que possamos fazer cada vez mais pressão sobre os bancos. Vem pra luta, bancário. Vem pra luta, bancária”, conclamou.