O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte conquistou importantes vitórias para funcionários do Bradesco e do Itaú. Através de ações na Justiça do Trabalho, os dois bancos foram condenados a pagar indenizações por danos morais a empregados discriminados e perseguidos no ambiente de trabalho.
No caso do Bradesco, a condenação foi de R$ 20 mil em razão de doença emocional contraída por um bancário e provocada por exigências de metas abusivas. O reconhecimento das metas como causa da doença também garantiu ao trabalhador uma indenização correspondente a um ano de salário a partir da cassação do benefício de auxílio doença, assim como o pagamento de FGTS e complementação de auxílio doença no período em que esteve afastado pelo INSS.
O Itaú também foi condenado a pagar a um bancário o valor de R$ 20 mil em razão das sucessivas transferências a que o funcionário foi submetido depois de seu retorno ao trabalho, justamente em razão de uma outra demanda de reintegração também movida com êxito pelo Departamento Jurídico do Sindicato. O bancário foi obrigado a trabalhar em diversas agências em um curto período, sem que se observasse, inclusive, sua condição de pessoa com deficiência.
Para o diretor do Departamento Jurídico do Sindicato, Fernando Neiva, os bancos demonstraram, mais uma vez, o seu desrespeito aos direitos dos trabalhadores com esses fatos extremamente graves. “Felizmente, as atitudes dos bancos não passaram impunes pela Justiça do Trabalho, que considerou os casos como assédio moral. O Sindicato reafirma que continuará atento e na luta em defesa dos direitos da categoria bancária”, ressaltou.
Embora estas sejam importantes vitórias políticas, o Sindicato entende que o valor das indenizações ainda é insuficiente, tanto para compensar o sofrimento das vítimas quanto para desestimular a conduta dos empregadores, levando em conta o poder econômico das instituições financeiras. Por isso, nas duas ações, o Sindicato interpôs recursos para o Tribunal Regional do Trabalho, propondo o aumento das indenizações.