Condições de trabalho mais dignas, mais respeito e responsabilidade social para com os trabalhadores e com a população: estas bandeiras da Campanha Nacional 2009 foram o mote dos bancários do ABC que se manifestaram nas principais ruas e avenidas das cidades de Mauá e Ribeirão Pires, nesta quinta-feira (10), Dia Nacional de Luta, de acordo com orientação do Comando Nacional dos Bancários.
O ato contou com a presença de toda a diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC e com a animação da bateria da escola de samba Vila Palmares, atores da Arca (Associação Ribeirãopirense de Cidadãos Artistas) com seus personagens fantasiados simbolizando banqueiros, trabalhadores e clientes, além de material informativo que explica as reivindicações e os objetivos da categoria.
De acordo com o Sindicato dos Bancários a categoria já está na quarta rodada de negociações e até o momento a palavra de ordem dos bancos para a maioria das cláusulas de reivindicações é ‘não’. “Nós queremos dialogar com a população, com os bancários para aglutinarmos forças em nossas reivindicações e se não obtivermos sucesso em nossas rodadas de negociações teremos que fazer paralisações em todo o Brasil”, afirma Wagner Arruda, diretor do Sindicato.
Segundo o Secretário Geral do Sindicato que participou da última rodada de negociações, Eric Nilson, “não adianta existir o espaço da negociação se uma das partes já está convencida em não avançar”.
Para o diretor do Sindicato Otoni Lima, um dos coordenadores do ato, a força da categoria é simbolizada nas reivindicações, mobilizações, na união dos trabalhadores junto com a população. “Mostrar a nossa luta, o nosso sonho, a nossa arte é uma forma de levar aos munícipes e aos funcionários que para avançarmos é preciso somar forças, pois tanto a categoria como a população merece respeito”, enfatiza Otoni.
Muitos usuários se mostraram solidários à campanha. “Além de pagar taxas de juros altíssimas no banco, ainda somos obrigados a pagar multa por ultrapassar o horário do estacionamento rotativo da cidade, pois a gente paga por uma hora para estacionar e fica duas horas na fila dentro do banco. Acho um desrespeito e um absurdo e quem paga o prejuízo é sempre a gente”, desabafa o usuário do Banco do Brasil, Ricardo Shinji, de 37 anos e morador recente da cidade de Ribeirão Pires.
Principais reivindicações da categoria
– Reajuste salarial de 10% (o que significa aumento real de cerca de 6%);
– PLR de três salários mais R$ 3.850;
– Valorização dos pisos salariais;
– Plano de cargos salários (PCS) em todos os bancos;
– Tíquete-refeição no valor de R$ 19,25;
– Cesta-alimentação de R$ 465 (um salário mínimo);
– 13ª cesta-alimentação;
– Auxílio-creche/babá de R$ 465.
