Nesta terça-feira, dia 12, o Sindicato dos bancários de Niterói paralisou por uma hora e meia a agência Rink do Real, no Centro de Niterói. A manifestação foi marcada por faixas, cartazes, banda de música e distribuição de picolés aos clientes, em referência ao sufocante calor daquela unidade, cujo ar-condicionado, comandado de São Paulo, só funciona durante o expediente para o público.
Quando chegam para trabalhar e ao final do expediente, os bancários ficam sem ar.
Além disso, os sindicalistas cobraram o fim das demissões iniciadas após a compra pelo Santander, o pagamento correto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o plano de previdência complementar para todos, as bolsas de estudos para pós-graduação e idiomas, além do plano de cargos e salários, reivindicações que seriam levadas no mesmo dia à primeira reunião do Comitê de Relações Trabalhsitas do Santander, em 2009.
“Somente no primeiro trimestre deste ano, após a fusão, houve 912 demissões no grupo”, denunciou o sindicalista Maurício Dutra Villar, funcionário da agência Rink.
Em relação à PLR, o banco pagou apenas a regra básica (80% do salário mais R$ 966), como explica o sindicalista Júlio Pessoa. “O próprio presidente do Santander, Fábio Barbosa, anunciou que, dos 8,9 bilhões de euros (cerca de R$ 26,76 bilhões) do resultado global da instituição, o Brasil respondeu por 20% (o que corresponderia a R$ 5,33 bilhões). Como, então, o valor oficialmente apresentado como lucro no Brasil foi de apenas R$ 2,75 bilhões?”, questionou Júlio.