Bancários paralisam 369 agências em Pernambuco e greve continua em alta

A greve dos bancários entrou no nono dia em alta em Pernambuco. Nesta terça-feira, dia 4, mais agências aderiram ao movimento, que atingiu 68% dos bancos em todo os Estado. Agora, são 369 das 543 agências de Pernambuco paradas, além de todos os prédios administrativos.

Apesar da greve dos bancários estar crescendo a cada dia, os bancos se mantiveram em silêncio e não há nenhum sinal de retomada das negociações. “O Comando Nacional dos Bancários ficou de plantão nesta terça-feira em São Paulo, mas não houve nenhum contato por parte dos bancos. Diante disso, só nos resta esquentar ainda mais a greve para que as instituições financeiras sintam todo o nosso poder de pressão”, ressalta a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que está em São Paulo para representar os bancários de Pernambuco no Comando Nacional.

Bancos privados – A greve dos bancários já é a maior paralisação nos bancos privados da história de Pernambuco. Nesta terça-feira, a mobilização cresceu ainda mais, com a adesão de 122 agências do Bradesco, Santander, Itaú e HSBC, número que representa mais de 40% das unidades desses bancos.

“Apesar das liminares que o Bradesco tem conseguido, a paralisação nas agências continua forte. A decisão da Justiça impede que o Sindicato feche as agências, mas os próprios bancários estão cruzando os braços e aderindo massivamente à greve. É uma prova de que as condições de trabalho e a falta de valorização dos funcionários do Bradesco chegou no limite do aceitável”, diz Jaqueline.

Reivindicações – Entre as principais reivindicações dos bancários estão o reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso de R$ 2.297,51, plano de cargos e salários para todos, mais contratações e fim da rotatividade.

Até agora, foram realizadas sete reuniões de negociação com os bancos, que ofereceram aos bancários 8% de reajuste, o que representa um aumento real de apenas 0,56%. As instituições financeiras também ofereceram o mesmo índice para corrigir o piso, os vales refeição e alimentação, auxílio-creche e a parte fixa da PLR e do adicional. Com isso, todas as demandas dos bancários foram ignoradas pelos bancos.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram