Itaú Unibanco estuda abertura de seguradora na Argentina

AGÊNCIA ESTADO
ALTAMIRO SILVA JÚNIOR

O Itaú Unibanco estuda abrir uma seguradora na Argentina. O banco pretende ter operações próprias de seguro no país vizinho de olho no crescimento do mercado local, que supera os 20% ao ano. O Itaú tem apenas uma corretora de seguros no mercado argentino, que vende e distribui produtos de outras seguradoras.

O banco quer replicar na Argentina o modelo de negócios que tem no Chile, segundo o diretor da Itaú Seguros, Antônio Trindade. No Chile, o banco tem uma operação grande por conta da aquisição dos negócios do BankBoston.

Quando comprou a unidade do banco americano no Brasil, em 2006, o Itaú levou também as operações em outros países da região. Em 2008, o banco resolveu abrir a Itaú Chile Companhia de Seguros de Vida.

O Banco Itaú Chile opera nos segmentos de pessoa jurídica e pessoa física, com foco em clientes de média e alta renda. Atualmente, a rede do banco chega a 71 agências, com carteira de crédito de R$ 8,8 bilhões e ativos de R$ 11,7 bilhões, segundo o balanço do terceiro trimestre divulgado pelo Itaú.

Na Argentina, o Itaú já opera há mais tempo. Atualmente existem 81 agências e 1,5 mil funcionários no país. O foco são empresas e pessoas físicas. Os ativos do banco por lá somam R$ 2,3 bilhões.

O mercado de seguros da Argentina cresceu 22% em 2009 e movimentou 30 bilhões de pesos (cerca de R$ 13 bilhões), segundo os dados mais recentes da Swiss Re.

Apesar dessa expansão acelerada, o mercado ainda tem potencial de crescimento. O setor responde por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) local, ante 3,1% no Brasil e 3,9% no Chile. Em países desenvolvidos, a média salta para a casa dos 7%.

Reestruturação

No Brasil, desde que se fundiu com o Unibanco em novembro de 2008, as operações de seguro do Itaú passam por uma reestruturação. Primeiro foi vendida a carteira de saúde para a Tempo Participações.

O banco também se associou à Porto Seguro, que ficou com as áreas de veículos e residências. Outras mudanças foram o fim da parceria com a seguradora XL na área de grandes riscos, no fim do ano passado, e a venda de uma participação que possuía na empresa alemã Allianz.

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