Greve em Dourados segue forte com 100% de agências paralisadas

Diante da intransigência da Fenaban e também dos bancos federais no processo negocial, os bancários de Dourados, no Mato Grosso do Sul, mantêm a greve nacional, que entra no terceiro dia nesta quinta-feira 29. Em Dourados, Fátima do Sul, Deodápolis, Caarapó, Itaporã, Maracajú e Juti a paralisação atingiu 100% das agências. Além de paralisação parcial em Glória de Dourados (BB) e Rio Brilhante (BB).

Em todo o país foram 6.248 agências fechados no segundo dia da greve, com aumento de 2.057 agências em relação ao primeiro dia, onde foram fechadas 4.191 unidades.

Nesta quinta-feira já aderiram ao movimento às cidades de Douradina e Nova Alvorada do Sul, além da cidade de Rio Brilhante, onde só Banco do Brasil fazia greve e hoje os funcionários do Bradesco e HSBC também cruzaram os braços, com isso a greve em toda a base do Sindicato de Dourados já é quase de 100%.

Mobilização na base

Têm sido grande a disposição e mobilização dos trabalhadores para aderir à paralisação, com vários companheiros da base ligando e pedindo o material para iniciar o movimento na sua cidade.

Para Carlos Longo, funcionário do Banco do Brasil e vice-presidente do sindicato, “tá bonito de ser ver a disposição dos companheiros, que tem garantido a paralisação, às vezes até mesmo sem a presença do sindicato, o que demonstra o poder e a força da nossa categoria”. O sindicato têm se organizado no sentido de enviar seus diretores as cidades da base para ajudar na mobilização.

“Não temos um número suficiente de diretores para estar ao mesmo tempo em toda a base, por isso é fundamental que os companheiros continuem se esforçando no sentido de segurar a greve em todos os municípios, o que está acontecendo com naturalidade e nos dando força para segurar 100% em Dourados”, finalizou Carlos Longo.

Negociações

A paralisação aconteceu depois da cara de pau da Fenaban de oferecer reajuste salarial de apenas 8%, ou seja, 0,56% de aumento real. O índice mal corrige a inflação do período. Sem falar nas outras propostas, todas completamente ignoradas, até as de interesse nacional.

Os bancários querem reajuste de 12,8% (correspondente a inflação mais 5% aumento real), maior PLR (Participação nos Lucros e Resultados), ampliação das contratações, fim das terceirizações e das metas, combate ao assédio moral, segurança, redução dos juros e das tarifas, entre outros.

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