Bancários de Belo Horizonte protestam contra a Caixa

(São Paulo) Os bancários da Caixa Econômica Federal de Belo Horizonte promoveram nesta terça-feira, dia 22, uma série de protestos e manifestações contra a atitude unilateral da empresa de descontar um dia da greve de 2007. Os protestos ocorreram em frente à agência Horto Florestal e nos prédios da rua Tupinambás e da avenida Afonso Pena.

“A grande participação no ato demonstrou a indignação dos empregados com a Caixa. Os bancários deixaram claro que não aceitarão mais essa imposição do banco e vão pressionar para reverter o desconto do dia 10 de outubro”, afirma o presidente do Sindicato de BH e empregado da Caixa, Fernando Neiva.

O ato dos bancários de Belo Horizonte ocorreu exatamente uma semana depois da Caixa ter divulgou uma CI em que comunica o desconto da falta do dia 10 de outubro passado, quando os bancários de várias cidades faziam seu último dia da greve de 2007. A CI Suape/Geret 010/08 informa que o desconto será efetuado na folha de pagamento de fevereiro.

“A indignação dos empregados diante da discriminação da Caixa com os bancários de BH e região é enorme. Em vários locais – mesmo os que entraram em greve antes de BH – os dias parados a mais não foram descontados. Isso é inconcebível, nunca vi uma atitude dessas desde que entrei na Caixa”, comenta o diretor do Sindicato, Jerry Adriane.

Segundo o dirigente, o objetivo do ato foi denunciar a atitude covarde da Caixa, que tenta jogar a responsabilidade da decisão unilateral tomada pela empresa para o movimento dos empregados. Na CI, a Caixa afirma de forma leviana e mentirosa que a decisão de descontar o dia parado foi tomada “após negociações com as entidades sindicais representativas dos empregados”.

Embora a maioria dos sindicatos tivesse encerrado a greve um dia antes, grandes cidades como Belo Horizonte, Salvador e Aracajú continuaram com o movimento no dia 10. Além dessas capitais, outras cidades da base desses sindicatos e do interior também mantiveram a greve.

Um dos compromissos assumidos pela Caixa para o fim da greve foi o não desconto dos dias parados. A Contraf-CUT e o Sindicato de BH enviaram vários ofícios para o banco reivindicando que o dia 10 de outubro não fosse descontado e sim abonado ou compensado.

“Assim como fez em relação ao plano de saúde, a Caixa ignorou o processo negocial e tomou a decisão sem discutir com os sindicatos. Não vamos aceitar este tipo de desconto, a Contraf-CUT e os sindicatos exigem que esta decisão seja revista”, finaliza Plínio Pavão, diretor da Contraf e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE).

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb Belo Horizonte

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