Nada de novo foi apresentado pelo banco
Em mais uma rodada de negociação sobre alterações no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), ocorrida na quarta-feira (11), os representantes do Banco Regional de Brasília (BRB) frustraram as expectativas dos funcionários. Nada de novo foi apresentado. O banco se limitou a informar novas trilhas para a carreira bancária, o que traz a discussão sobre essa carreira para o início. O Sindicato dos Bancários de Brasília considerava que essa etapa estava praticamente superada em função das discussões ocorridas nas rodadas de negociação anteriores.
O banco apresentou ainda uma proposta para o encarreiramento da carreira jurídica, específica para os advogados. Sobre as novas trilhas para a área tecnológica, motivo principal da reunião desta quarta, nada foi apresentado, ficando para uma próxima reunião, cuja data sequer foi marcada, pois, segundo o banco, falta ainda análise jurídica para que a proposta para a TI seja apresentada.
O mais incrível é que, ainda segundo o banco, tal avaliação já está com o jurídico há mais de 10 dias, o que pode configurar uma despreocupação desse setor com o avanço das discussões, cujo prazo se encerra em 30 de junho próximos.
“Está havendo desrespeito por parte do banco, que, pelo andar da carruagem, não honrará o compromisso estabelecido de concluir as discussões até o final deste mês. E, quando dizemos encerrar, significa submeter as propostas de alteração à assembleia dos funcionários”, afirmou o diretor do Sindicato, Ronaldo Lustosa, que também é bancário do BRB.
Embora o banco não tenha formalizado nenhuma proposta para a TI, o Sindicato apresentou ao banco os resultados de discussão prévia ocorrida com os funcionários daquele setor, visando à construção de uma proposta de encarreiramento que contemple o conjunto de trabalhadores ali lotados, sejam eles analistas de TI ou da carreira bancária.
Na reunião, o Sindicato voltou a cobrar respostas concretas para as pendências sobre a unificação de benefícios educacionais, na busca de que a alterações possam entrar em vigor no mês de julho, de forma que os beneficiários possam usufruir das melhorias já no segundo semestre deste ano.
O Sindicato cobrou também um quadro com o quantitativo de caixas de cada agência antes e depois da readequação em curso, e cobrou ainda uma resposta sobre a reivindicação de garantir a existência das vagas que são sempre utilizadas em períodos de pico, como o período de pagamento do GDF.
Por fim, o Sindicato cobrou do banco a rediscussão dos critérios de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao primeiro semestre, uma vez que este se encerra em 30 de junho.
“Mais uma vez, o banco atrasa as discussões. Tem sido uma constante do BRB esse tipo de comportamento. Isso evidencia ou descaso ou falta de pessoal para realizar o serviço, e o Sindicato tende a acreditar que é realmente falta de pessoal, o que demonstra que a contratação de 160 novos funcionários não resolverá a carência hoje existente”, finaliza o diretor do Sindicato, Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.