A direção do Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira 28 mais uma troca na presidência da Cassi, a terceira que promove em três anos, o que na avaliação da Contraf-CUT demonstra a falta de seriedade do BB com a gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários, responsável pela saúde de mais de 700 mil bancários da ativa e aposentados e seus familiares.
“São três presidentes diferentes nos últimos três anos, provocando sucessivos problemas de descontinuidade administrativa em um momento que a Cassi passa por dificuldades inexplicáveis no atendimento aos usuários e no credenciamento de prestadores de serviços e atrasa ininterruptamente a implantação do Plano Odontológico”, critica Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “Isso revela um descaso do BB para com a Cassi e com a saúde dos trabalhadores.”
Marcel lembra que o banco havia assumido o compromisso com a Contraf-CUT na reunião do último dia 20 de janeiro de apresentar o Plano Odontológico até esta sexta-feira 29. “Não aceitaremos que o BB use a troca de presidente para adiar mais uma vez a apresentação do plano, reivindicado pelos funcionários há mais de uma década e sucessivamente postergado”, adverte o secretário-geral da Contraf-CUT.
Além do problema da descontinuidade administrativa, a Contraf-CUT também considera um desrespeito com o funcionalismo a nomeação do novo presidente da Cassi, Hayton Jurema da Rocha, diretor de Gestão de Pessoas do BB no último período do governo FHC. “O novo presidente simboliza uma época em que os funcionários sofreram os mais brutais ataques do banco, em que houve mais de 50 mil demissões, congelamento de salários por sete anos e perda de direitos”, denuncia Marcel.