Fusão de agência gera caos no atendimento do Santander em Rondônia

Clientes chegam a esperar 3 horas para serem atendidos

Após o encerramento das atividades na agência Urbana, localizada na rua Sete de Setembro, no Centro de Porto Velho, o atendimento nas duas agências restantes do Santander em Rondônia, que já era precário, agora entrou numa espécie de completo colapso.

É o que afirma o diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia, Clemilson Farias, que atendendo às denúncias dos próprios funcionários constatou ‘in loco’, no início da semana, o caos nas unidades, onde clientes e usuários chegam a esperar quase três horas para serem atendidos.

“Infelizmente é uma realidade que nós já temíamos desde que foi anunciado, pela gerência regional, o fechamento da agência onde funcionava o antigo Sudameris, pois com essa chamada ‘fusão’ ficou claro que haveria cortes de postos de trabalho, a migração de clientes e usuários para as duas agências restantes e, consequentemente, o estrangulamento no atendimento, que já era ruim”, avalia Clemilson, que é funcionário do Santander.

Na visita, o dirigente sindical observou ainda que o banco descumpre a NR 17, que trata da ergonomia correta no local de trabalho, tendo em vista a precária condição dos móveis utilizados pelos funcionários. Um bom exemplo é o balcão do caixa onde os bancários passam horas sentados, atendendo as pessoas, mas essa mobília não é a ideal para este tipo de serviço que exige uma jornada de trabalho constante. Ou seja, os funcionários acabam expostos ao risco de problemas de saúde ocasionados pela postura corporal incorreta em uma jornada de trabalho extenuante.

“Com o adoecimento destes funcionários, que serão potencialmente afastados para tratamento, haverá a sobrecarga de trabalho para os bancários que permanecerão nas agências e o atendimento será ainda mais comprometido, gerando ainda mais adoecimento aos trabalhadores e a revolta dos clientes e usuários. Não é à toa que o banco espanhol continua liderando, por vários meses consecutivos, o ranking de reclamações de clientes no Banco Central”, conclui.

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