Juliana Schincariol
Reuters
O Itaú Unibanco afirmou nesta quarta-feira (26) que a fusão do Itaú Chile com o CorpBanca não prejudica os direitos dos minoritários do banco chileno e que não há benefício de acionistas em detrimento de outros, em resposta a questionamentos sobre a operação por minoritários.
“Desde o início, a operação foi estruturada como uma fusão, visando a criação de valor de longo prazo, e nunca foi considerada a possibilidade de uma aquisição”, disse o banco brasileiro em comunicado. “Todos os acionistas do CorpBanca receberão o mesmo valor na operação.”
Os bancos anunciaram a operação no final de janeiro, numa transação de pelo menos US$ 3,7 bilhões que também abriu caminho para entrada do Itaú no varejo bancário da Colômbia.
No início de março, a Reuters noticiou que um investidor minoritário norte-americano estava pedindo ao Conselho do CorpBanca para desfazer sua associação com o Itaú Unibanco e lançar um novo leilão, alegando que o banco chileno beneficiou seu acionista controlador, em detrimento dos minoritários.
Segundo o Itaú, as disposições deste acordo não prejudicam nenhum direito adquirido dos acionistas minoritários do CorpBanca e que algumas destas disposições “são apenas mecanismos que visam proporcionais liquidez ao CorpGroup”.
De acordo com esses mecanismos de liquidez, caso o CorpGroup exerça seu direito de vender ações para o Itaú Unibanco, isso somente poderá ser feito a preço de mercado.
O CorpGroup terá a opção de vender as ações diretamente ao Itaú ou por meio da Bolsa de Valores de Santiago, em um processo competitivo que poderá contar com a participação de qualquer investidor. O CorpGroup terá a opção de recompra de todas as ações adquiridas pelo Itaú Unibanco.
Se a recompra for feita diretamente do Itaú Unibanco, essa opção somente poderá ser exercida ao preço pelo qual as ações foram vendidas ao banco brasileiro, acrescido de uma taxa de juros anual mais um spread.
Mas caso a opção de recompra for exercida pela Bolsa de Valores de Santiago, será por meio de um processo competitivo e o Itaú Unibanco irá ofertar as ações ao mesmo preço pelo qual foram adquiridas, acrescido de uma taxa de juros anual mais um spread, explicou o maior banco privado do Brasil.
A entidade resultante da fusão pretende pagar dividendos aos acionistas, em linha com a atual política de distribuição de do CorpBanca, e ao mesmo tempo crescer pelo menos em linha com o mercado, mantendo uma forte base de capital, disse o Itaú.