Ampliar as mobilizações e outras ações para barrar a reestruturação do Centro de Serviços e Logística (CSL) do Banco do Brasil. Esta foi uma das principais decisões tomadas pela plenária que contou com a participação de funcionários do Andaraí na última quinta-feira (18), no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.
A presença de colegas de outras unidades mostrou não apenas a solidariedade, como o entendimento de que o desmonte é uma decisão arbitrária que terá consequências para os demais setores e que tem que ser combatida pelo conjunto do funcionalismo.
Além de manifestações sistemáticas foi aprovada a articulação com parlamentares de modo a fortalecer a luta contra a reestruturação e em defesa dos direitos dos funcionários. Foram definidas outras formas de luta neste sentido como o assessoramento do Jurídico do Sindicato, o contato do representante do funcionalismo do Conselho de Administração (Caref) e da Comissão de Empresa dos Empregados com representantes do BB.
Moção de repúdio
Outro objetivo é ampliar o máximo possível a denúncia pública sobre o desmonte do setor e suas consequências para o esvaziamento econômico do estado do Rio e o ataque aos direitos dos trabalhadores da área. Uma moção nesse sentido foi aprovada na Conferência Interestadual dos Bancários do RJ e ES, no último sábado (19), em Três Rios, do qual participaram sindicatos de bancários fluminenses e capixabas.
O documento será entregue à direção do banco. O compromisso foi dar maior publicidade possível à reestruturação e suas consequências. Este é só o início. O desmonte é um ataque ao funcionalismo do BB no Rio, que sempre foi um foco de luta e resistência.
Segundo a Diretoria de Apoio aos Negócios e Operações (Dinop), as funções do CSL serão transferidas para outras praças, como Belo Horizonte e Curitiba. O processo de reestruturação terminaria em janeiro próximo.
A mudança atingirá quase metade do funcionalismo do setor. A única alternativa será a transferência para a rede de agências, com o possível rebaixamento de salários.
O desmonte é muito grave e contraditório, já que está para ser colocado em prática por uma empresa pública. O BB age como um banco privado, procurando reduzir custos financeiros a qualquer preço. Não leva em consideração os impactos negativos causados aos funcionários.
As mudanças comprometem diretamente a capacidade produtiva dos trabalhadores, mostrando que o banco pouco se importa com a desvalorização que isto traz a quem tem gerado os lucros recordes da empresa.