Encontro reuniu mais de 200 participantes e assistidos em Porto Alegre
A plenária nacional sobre Fundação Banrisul de Seguridade Social (FBSS) foi promovida no último sábado (14), pela Fetrafi-RS e sindicatos filiados. O evento, realizado no auditório da AMRIGS, em Porto Alegre, reuniu mais de 200 funcionários da ativa e assistidos, que fizeram um amplo debate sobre os problemas estruturais que atingem o Plano de Benefícios 1 e propostas de novos planos para a Fundação.
O objetivo da plenária foi divulgar os trabalhos feitos pelo GT Fundação Banrisul – fórum organizado pelo movimento sindical – e pela Comissão Paritária sobre Fundação Banrisul, integrada por representantes do banco, da FBSS, do movimento sindical e aposentados.
A mesa de abertura foi composta pelos diretores da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha e Denise Corrêa; pelo diretor de Seguridade Social da Fundação, Fábio Alves; pelo presidente do Sindicato de Porto Alegre, Mauro Salles Machado; pelo presidente da Afaban, Olmiro Vieira de Araújo Sobrinho; pelo representante da Associação dos Funcionários do Badesul, Paulo Rogério Palma Christmann, e pelo presidente do Banrisul, Túlio Zamin.
De acordo com Denise, os participantes e assistidos da Fundação Banrisul devem discutir suas dúvidas e buscar esclarecimentos sobre novas possibilidades quanto aos planos de benefício para tomarem suas decisões no futuro.
“Esse tema é muito importante e urgente para todos nós porque logo ali estaremos aposentados. Estamos aqui para explicar, debater, aprender, propor e avaliar de forma coletiva e participativa”, explica Denise.
Mauro salientou que em 2012 o movimento sindical quer resolver dois grandes problemas para o funcionalismo do Banrisul. “Temos pela frente o desafio de lutar pela implementação do novo quadro de carreira, que já teve uma nova proposta apresentada pelos funcionários do banco, e o equilíbrio da Fundação, que trata do futuro dos banrisulenses”, destaca o presidente do Sindicato.
Rocha enfatizou que a Fundação deve dar a cada um o que é seu. Ou seja, os assistidos merecem receber um benefício de acordo com suas contribuições feitas ao longo dos anos. “O mutualismo e a solidariedade foram substituídos pelo mutualismo perverso, ou seja, aqueles que ganham menos pagam a conta daqueles que recebem mais. Hoje temos a possibilidade de resolver essas questões. Nós precisamos perseguir de todas as formas a solução para os problemas da Fundação”.
“O correto é que cada um receba futuramente aquilo que repassou ao fundo. Os interesses são nossos, exclusivamente nossos. Vamos defender ideias e propostas da maneira mais aguerrida possível e o fim do mutualismo perverso deve ser a nossa principal causa nesse momento”, disse Rocha.
Zamin encerrou as manifestações da mesa de abertura da plenária nacional afirmando que o tema Fundação está entre as prioridades do banco. “O ano de 2012 será marcado como o ano em que faremos uma importante reestruturação na Fundação. Ao mesmo tempo em que afirmo o nosso objetivo de minimizar o impacto dessa reestruturação nas finanças do banco, tenho consciência de que ela é vital e vai incidir no ânimo de todos os funcionários”.
O presidente do banco também destacou o esforço feito pela Comissão Paritária para encontrar soluções viáveis para os problemas da FBSS. “Estamos afirmando que este tema não vai para debaixo do tapete. Há de nossa parte a sensibilidade e a consciência de que o banco terá que aportar um recurso importante para viabilizar o equilíbrio da Fundação”, observou Zamin.
O presidente da FBSS, Jorge Luiz Berzagui, disse que a diretoria da Fundação quer garantir que o fundo de pensão cumpra o seu papel, que é pagar benefício complementar para quem contribui. “Os problemas do Plano de Benefício 1 são estruturais, mas em função do mutualismo do plano todos pagam pela insuficiência de recursos”, apontou.
Fábio destacou que a FBSS é coletiva e nessa coletividade que as soluções para os problemas devem ser debatidas.
Após a mesa de abertura dos trabalhos, o assessor técnico do GT Fundação Banrisul, advogado e especialista em previdência complementar, Ricardo Só de Castro, fez uma apresentação detalhada sobre a estruturação dos planos de benefício da FBSS e as propostas que estão sendo elaboradas no âmbito do GT e da Comissão Paritária, a fim de solucionar os problemas da Fundação. Em seguida, houve abertura para manifestações e questionamentos do plenário.
Avaliação
Rocha e Denise ressaltaram que a plenária nacional cumpriu o papel de levar informações aos banrisulenses e de socializar as iniciativas do movimento sindical e demais entidades representativas dos aposentados, para encaminhar a resolução definitiva dos problemas relacionados à Fundação Banrisul.
“Desde o início, propusemos um debate democrático sobre o tema, a fim de garantir que os banrisulenses pudessem manifestar suas opiniões sobre os problemas da Fundação e suas perspectivas quanto ao futuro dos planos de benefício. A discussão não ficará restrita a este evento e vamos inclusive fazer um grande esforço para levar os debates ao interior do Estado. Os problemas da Fundação são problemas coletivos e devem ser resolvidos a partir dos interesses de todos”, finalizaram.