Justiça de Cuiabá nega pedido de interdito proibitório ao HSBC

Em vez de negociar, banco inglês apela para práticas antissindicais

Mais um banco teve o pedido de interdito proibitório negado pela Justiça do Trabalho. Desta vez foi o HSBC que tentou impedir que os bancários exerçam o direito de greve. A juíza Roseli Xocaira, da 9ª Vara do Trabalho de Cuiabá, indeferiu o pedido de liminar formulado na sexta-feira (30) por falta de provas. A greve dos bancários completa uma semana em todo Estado.

De acordo com análise da juíza, nenhuma alegação do HSBC comprova que os trabalhadores em greve tenham violado os limites do direito de greve. O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) comemora mais este resultado e afirma a postura dos trabalhadores como ato justo e instrumento de manifestação por melhores condições de trabalho, mais segurança, mais contratações e valorização.

O presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva, destaca que a Justiça confirma que a greve dos bancários é um direito legal e está sendo realizada dentro das conformidades. “O HSBC está tentando nos enfraquecer ao invés de negociar. Nossa greve é por melhorias para toda sociedade e o banco insiste em agir de forma arbitrária. Vamos nos manter firmes nesta greve que só teve início porque os bancos insistem em não valorizar os bancários e a população. Nossa luta é por emprego decente, mais segurança nos bancos, entre outras demandas”.

A primeira liminar negada que tentou impedir a prática do direito de greve dos bancários foi do Itaú na semana passada. O pedido do banco foi negado pela juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Mara Oribe.

Os bancários estão em greve desde o dia 27 de setembro em todo país. De acordo com dados da Contraf-CUT, mais de 7.865 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal pararam na sexta-feira. Em Mato Grosso, a greve se intensifica em todo Estado.

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