Após mobilizações, Santander volta a negociar aditivo e PPR nesta quarta

O Santander agendou na manhã desta terça-feira, dia 2, negociação com a Contraf-CUT e as entidades sindicais sobre o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010 e o acordo de Programa de Participação nos Resultados (PPR). A nova rodada será realizada nesta quarta-feira, dia 3, à tarde, em horário a ser definido, em São Paulo.

A marcação da reunião ocorre após o Dia Nacional de Luta, ocorrido no último dia 20 de janeiro, quando os sindicatos realizaram atividades em todo país. Além da distribuição do jornal Sindical – Santander e Real, os bancários retardaram em uma hora a abertura de várias agências, cobrando a continuidade das negociações e a apresentação de nova proposta que atenda às expectativas dos trabalhadores.

A última rodada ocorreu no dia 22 de dezembro do ano passado. A Contraf-CUT, as entidades sindicais e a Afubesp também enviaram duas cartas para o banco, nos dias 4 e 21 de janeiro, solicitando nova negociação e a prorrogação do aditivo vencido no dia 31 de dezembro.

Negociações

Nas rodadas anteriores, o banco propôs um acordo de dois anos para o aditivo e o PPR. A proposta de aditivo contém avanços, como a manutenção dos incentivos à aposentadoria até 31 de agosto de 2010, a conquista da licença sem vencimentos de 30 dias e a extensão do prêmio de dois salários para os funcionários do Santander que completaram 25 anos de casa antes de 1º de janeiro de 2009.

Mas há várias pendências no aditivo, como a garantia de emprego durante o processo de fusão, o termo de compromisso para manutenção do patrocínio do HolandaPrevi e Bandeprev, a criação de um grupo de trabalho para discutir o processo eleitoral do HolandaPrevi e Sanprev, a unificação do valor do auxílio-academia e a extensão de direitos dos bancários da Espanha.

A proposta de PPR foi considerada insuficiente. O banco propôs o valor de R$ 1 mil, sendo que no segundo ano seria corrigido pelo reajuste dos bancários em 2010.

“Se tem dinheiro para pagar bônus milionários para executivos, além de fartos recursos para propaganda, compra do prédio da Torre e patrocínio da Fórmula 1 e Copa Libertadores, não é justo que os trabalhadores receberam somente R$ 1 mil de PPR”, reitera o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Reunião da COE

Antes da negociação, a Contraf-CUT realiza, às 10 horas, desta quarta-feira uma reunião preparatória das Comissões de Organização dos Emrpegados (COE) do Santander e Real, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

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