Duas demissões recentes em agências do Itaú Unibanco estão gerando revolta entre os trabalhadores em São Paulo. A primeira está ligada à diferença no fechamento de um caixa e, a segunda, a um funcionário soropositivo.
Diferença de caixa
A dispensa diz respeito a uma caixa que, em fevereiro, foi responsabilizada pela falta de R$ 2 mil no fechamento de sua estação de trabalho. Como não conseguiu localizar a origem da diferença e não tinha dinheiro para cobrir o rombo, a bancária ofereceu pagar o valor parcelado, mas o banco não aceitou sua proposta e ela acabou sendo dispensada em abril.
O diretor do Sindicato, Carlos Damarindo, o Carlão, lembra que localizar diferenças foi dificultado pela eliminação pelo banco, em dezembro, da segunda via da bobina de caixa.
“Muitos bancários estão reclamando, tendo prejuízos financeiros e, pior, sendo demitidos por conta disso. Em negociação no final de abril, o banco se comprometeu a disponibilizar, a partir de 23 de maio, o extrato e a soma para que os bancários possam fazer a checagem. Esperamos que cumpram a promessa e queremos que sejam revistas as injustiças já cometidas”, diz.
Soropositivo
A outra denúncia diz respeito a um funcionário soropositivo demitido por baixa performance. “Devido ao tratamento médico, ele estava enfrentando altos e baixos em sua saúde, fazendo tratamento, e não tinha como manter uma média alta de produção”, diz Carlão.
O dirigente sindical procurou o banco para reivindicar a reversão da demissão, mas não foi atendido. “Os colegas do bancário não sabiam do seu problema de saúde, mas o RH e a área médica tinham conhecimento. Ainda assim, não houve sensibilidade para tratar o caso com o cuidado que merecia”, diz.
Carlão voltou a procurar o banco no final da semana passada para novamente solicitar a reintegração do bancário e aguarda resposta.