O advogado Luis Eduardo Salles Nobre – que representa os 815 garis que impetraram com ações contra a Band e o apresentador Boris Casoy -vai recorrer de decisão da Justiça carioca que negou indenização ao grupo. Na última sexta-feira (30), o Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro negou pedido de indenização feito pelos garis por conta de comentários preconceituosos do apresentador Boris Casoy.
Para o juiz Brenno Mascarenhas, não houve ofensa à categoria em declaração feita pelo jornalista às vésperas do réveillon de 2009. Durante o Jornal da Band de 31 de dezembro, sem saber que estava sendo gravado, Boris comentou de forma preconceituosa e infame uma mensagem de ano novo protagonizada por dois garis.
“Que merda… dois lixeiros desejando felicidades… do alto de suas vassouras. O mais baixo da escala de trabalho”, soltou o apresentador. Um dia depois, após intensa repercussão, o jornalista pediu desculpas pela declaração. Na Justiça, Casoy classificou a declaração de “gafe”.
Na avaliação do juiz, apenas os dois personagens citados no vídeo poderiam entrar com ação por danos morais contra o apresentador, o que não aconteceu. Mesmo ao negar a indenização, Casoy disse que a declaração revela “constrangedor preconceito” do jornalista.
Nobre disse que vai “até o Supremo” (STF), caso seja necessário, para obter indenização aos garis. Ao colunista Lauro Jardim, da Veja Online, disse que entrará com recurso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) para pedir reavaliação do caso.
Caso não consiga novo julgamento no TJ, o advogado afirma que irá recorrer até ultima instância, no caso o Supremo Tribunal Federal, por entender que houve ofensa à categoria no comentário de Casoy.