Nesta segunda-feira, 5 de outubro, o comando de greve dos bancários na Paraíba concentrou o piquete na porta da Agência Centro do Bradesco, em João Pessoa, para fortalecer o movimento nacional e forçar uma negociação com os banqueiros. Utilizando carro de som, faixas, cartazes com e uma orquestra de frevos, os bancários se concentraram na porta da agência.
Tudo de acordo com as orientações do Comando Nacional dos Bancários, que espera ter ainda mais força para arrancar uma negociação favorável com a representação dos bancos, foram fechadas as três unidades do Bradesco (Ag. Centro, Prime e Empresa) que funcionam na Av. Duque de Caxias, no centro, onde trabalham cerca de 60 funcionários.
Para o presidente do sindicato Marcos Henriques, o momento é estratégico para se forçar uma negociação com os banqueiros. “E, como o Bradesco é o principal banco privado que vem emperrando as negociações com o Comando Nacional, está mais do que na hora de radicalizarmos e superarmos todas as dificuldades, inclusive os interditos e a tropa de choque, para arrancar as nossas conquistas na luta”, disse.
Sobre o fato de Bradesco e Itaú Unibanco se utilizarem dos interditos proibitórios e da pressão da Tropa de Choque da Polícia Militar da Paraíba para reprimir a greve dos bancários, Marcos Henriques enfatizou: “os bancos têm os seus instrumentos de pressão e nós temos que utilizar outras estratégias para conseguir nossas reivindicações; uma delas é cruzar os braços, mobilizar os bancários através do convencimento e fazer atos públicos que expliquem à sociedade o que está acontecendo, ou seja, que a greve dos bancários acaba quando os bancos apresentarem uma proposta que atenda às expectativas da categoria”, concluiu.