Portal denuncia vida infernal de funcionários e clientes do banco
Os bancários paralisaram, nesta quinta-feira, 11, cinco das principais agências do Santander, no centro de Belo Horizonte, contra a falta de funcionários. O ato ocorreu em protesto contra as demissões, a sobrecarga de trabalho e abusos por parte do banco espanhol. As atividades marcaram o Dia Nacional de Luta, orientado pela Contraf-CUT.
As unidades de trabalho, que permaneceram fechadas durante todo o expediente, se localizam na praça Sete, nas ruas Carijós, Curitiba e Rio Grande do Sul e na avenida Paraná. Na agência da rua Carijós, foi instalada a “Porta do Inferno” para denunciar a vida infernal a que são submetidos funcionários e clientes.
Os bancários exigem o fim da rotatividade, mecanismo perverso que reduz a massa salarial. A luta é pela proibição das demissões imotivadas no banco, além de mais segurança e melhores condições de trabalho nas agências.
Os trabalhadores exigem ainda o fim das metas abusivas e do assédio moral e mais contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho, que tem gerado adoecimento dos funcionários, e melhoria do atendimento.
O Sindicato denunciou o abuso cometido pelo Santander, no final de 2012, ao cortar 975 postos de trabalho, de acordo com dados do Dieese. Através de protestos, paralisações e ações no Ministério Público do Trabalho (MPT), a entidade exige que o banco reintegre os demitidos imediatamente, mas o Santander se mantém intransigente.
Para o funcionário do banco e diretor do Sindicato, Davidson Siqueira, a postura do Santander é absurda diante de seus lucros bilionários. “Mesmo tendo lucrado, no Brasil, mais de R$ 6 bilhões em 2012, o que representa 26% de seu lucro mundial, o Santander demitiu centenas de bancários e continua realizando dispensas, além de cometer assédio moral e cobrar metas abusivas dos funcionários. O Sindicato continuará lutando e tomará todas as medidas possíveis para garantir a manutenção e a qualidade do emprego no banco”, afirmou.