O Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região realizou, no inicio da tarde da quarta-feira, 18/02, uma manifestação em frente da agência do Santander, na avenida Voluntário Fernando Pinheiro franco, em repúdio as mais de 400 demissões que o grupo Santander Brasil realizou recentemente. Segundo informações do próprio banco serão demitidos mais 1.600 funcionários em todo o País.
Os desligamentos começaram a acontecer após a fusão entre Santander e Banco Real, no inicio do ano passado. Em sinal de protesto, a diretoria do sindicato, vestida de preto, levou para frente do banco, cruzes de madeira pintadas de preto com dizeres contra os desligamentos.
Os diretores do Sindicato de Mogi distribuíram um manifesto a população explicando as razões da intransigência do banco espanhol. O Sindicato dos bancários procurou a direção da empresa desde antes do anuncio da fusão para negociar as medidas para a manutenção dos empregos de todos os trabalhadores durante a efetivação do processo de incorporação. Essa medida daria segurança aos pais e mães que são funcionários do Santander e Real de que eles teriam como sustentar suas famílias, mantendo seus empregos, salários e direitos. As conversas estão acontecendo, mas o banco decidiu atropelar as discussões e demitir centenas de trabalhadores.
Segundo o presidente do Santander no Brasil, Fábio Barbosa, o país representa cerca de 20% do lucro mundial do banco. Em 2008, foram 2,8 bilhões obtidos no país, fruto do empenho e da qualidade do trabalhador brasileiro. A recompensa, no entanto, veio na forma de demissões e sobrecarga de trabalho para os funcionários, além da queda na qualidade do atendimento para clientes e usuários. Em meio a crise financeira mundial, que ameaça a economia do país com o aumento do desemprego, não é admissível que uma empresa lucrativa como o Santander-Real mande gente para a rua.
