Bancários aprovam greve nacional para a partir do dia 27 em Mato Grosso

Bancários aprovam greve por tempo indeterminado a partir do dia 27

Após uma série de negociações entre os bancários e os bancos, a proposta da Fenaban não contemplou as reivindicações dos trabalhadores. A greve foi definida em assembleia na noite desta quinta-feira (22), realizada na Praça da República, em Cuiabá. Cerca de 200 bancários participaram.

Enquanto os bancários reivindicam melhores condições de trabalho, segurança nas agências bancárias e mais contratações para melhor atender a população, os bancos ofereceram uma proposta rebaixada com índice de reajuste de 7,8%, nenhuma proposta para segurança e nem se comprometeram em mais contratações, sendo que a categoria pede reajuste salarial de 12,8%, além do fim do assédio moral e das metas abusivas, igualdade de oportunidade, entre outros.

“Os bancários foram unânimes ao recusar a proposta rebaixada da Fenaban que não garante mais investimento em segurança nos bancos nem contratações. Já passamos por 25 ataques a banco em Mato Grosso e a Fenaban não demonstrou nenhuma sensibilidade nesta questão. Queremos emprego decente e tivemos que usar este último instrumento de mobilização para que o banco atenda as nossas reivindicações. Pedimos que a população entenda nossa luta, pois contempla melhoria para todos. Merecemos bancos seguros onde o terror não esteja presente. Não abrimos mão das nossas reivindicações”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Arilson da Silva.

Lucro dos bancos

Em mais de um mês de negociação, os banqueiros não se prontificaram em atender a categoria e só apresentaram uma proposta de 7,8%. Os trabalhadores consideram esta proposta insuficiente, pois a lucratividade dos bancos oferece condições para que as reivindicações dos bancários sejam atendidas.

A categoria considera que o lucro dos bancos é feito pelos bancários que se dedicam ao trabalho e não são valorizados. Somente neste primeiro semestre, os principais bancos do Brasil lucraram juntos mais de R$ 27,4 bilhões e agora afirmam não poder atender as questões dos trabalhadores. Até agora, não houve avanço nas negociações quanto a melhores condições de trabalho, segurança bancária e nas questões específicas de cada banco.

“O recado foi dado pelos bancários à Fenaban. Se não tiver proposta justa na negociação nesta sexta-feira, dia 23, já está decidido que é greve a partir do dia 27”, finaliza Arilson da Silva.

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