Os funcionários do Banco do Brasil realizaram na manhã desta quarta-feira, dia 23, protestos em Porto Alegre e no interior do Estado para cobrar da direção do banco o cumprimento dos acordos feitos nas últimas campanhas salariais. Houve paralisação dos serviços por uma hora, no prédio da Rua Uruguai, em Porto Alegre.
As atividades, que integraram o Dia Nacional de Luta, reivindicaram melhores condições de trabalho, a implantação do Plano Odontológico, e o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), que atenda às necessidades dos bancários.
O diretor do SindBancários Pedro Loss observou que todos querem um BB voltado ao Brasil e ao desenvolvimento. “Estamos aqui para exigir a contratação de mais funcionários, para que o banco preste um serviço de qualidade à população e aos clientes. O Banco do Brasil não pratica a responsabilidade social que vende nos seus comerciais, porque não respeita os empregados e usuários. Aos funcionários exige metas inatingíveis e aos clientes filas intermináveis”, relacionou. “Um Banco do Brasil melhor não é apenas anseio de nós funcionários, mas da sociedade brasileira”, completou o dirigente.
“O banco tem trabalhado na lógica da discriminação da população de baixa renda. Seu foco está nas pessoas com altos rendimentos. Queremos uma atuação como banco público, com ação forte no mercado para regular as taxas de juros e administrativas”, disse o diretor Ronaldo Zeni. O funcionário do BB também fez um relato sobre a reunião de terça-feira, dia 22, com a direção do BB. Confira os resultados
“Não é pouco o que temos a denunciar”, disse o diretor Julio César Vivian, para justificar o ato em frente ao prédio da Rua Uruguai. “O banco está atendendo apenas aos clientes de alta renda, além de tratar seus funcionários a ferro e fogo. Impõem metas inatingíveis que ocasionam doenças e afastamentos do trabalho. Estamos vendo um banco com atuação semelhante aos privados, visando apenas o lucro. O banco precisa distribuir e fomentar o desenvolvimento econômico do Brasil e não distribuir os lucros aos seus acionistas”, protestou Vivian.
O vice-presidente da Apcef e diretor do SindBancários, Marcos Todt, que é empregado da Caixa, se solidarizou ao ato dos funcionários do BB. “Os empregados da Caixa e do BB têm algo em comum, o orgulho de trabalhar num banco público e que contribui para o desenvolvimento do país. Mas hoje não é o que temos visto. Explora seus funcionários e não atende nossas reivindicações. A Caixa também está impondo um processo de reestruturação sem diálogo com o movimento sindical. Por isso, estaremos realizando um Dia Nacional de Lutas na próxima terça (29 de junho)”, disse.
O diretor da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras (Fetrafi-RS), Mauro Cardenas, observou que o Banco do Brasil tem se notabilizado por copiar os outros. “Mas é uma cópia mal feita. Está igual aos bancos privados, mirando somente o lucro e obedecendo ao mercado dos altas taxas e juros”, afirmou.