Volume de operações de crédito de 42,5% do PIB é recorde

Valor Econômico
De Brasília

O volume das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 1% em março, alcançando estoque de R$ 1,24 trilhão ou 42,5% do Produto Interno Bruto (PIB), a mais alta participação da série histórica. Em março de 2008, o crédito total, considerando recursos livres e direcionados, representava 35,5% do PIB (R$ 993,07 bilhões).

Na avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, as concessões de crédito estão “quase” no nível pré-crise, mas ainda apresentam concentração expressiva nos bancos públicos. Explicou que, no cenário de normalidade, os bancos privados têm participação maior. Entre setembro e março, foi grande a diferença na variação do estoque do crédito. Nesse período, as instituições públicas tiveram aumento de 18,3%. Nos bancos privados nacionais, o crescimento foi de apenas 1,5% e nos bancos privados estrangeiros, a elevação foi de 3,5%.

Considerando apenas as operações de crédito referenciais para taxa de juros, março teve concessões acumuladas de R$ 155,7 bilhões, contra R$ 123,5 bilhões em fevereiro, o que indica elevação de 26,1% no mês. Em setembro do ano passado, auge da crise financeira internacional, estavam em R$ 162,2 bilhões.

Lopes ressaltou que tem crescido bastante o crédito habitacional às pessoas físicas e às cooperativas. Em março, o total desses recursos (livres e direcionados) foi de R$ 67,81 bilhões, o que significa aumentos de 2,6% no mês e 40,1% nos últimos 12 meses. De acordo com o BC, o crédito habitacional era equivalente a 1,7% do PIB em março de 2008 e passou a 2,3% em março de 2009. “Ainda é baixo na comparação com outros países, mas o crescimento é expressivo”, comentou.

O saldo das operações de crédito referenciais para taxa de juros, para pessoas físicas, ficou em R$ 280,98 bilhões em março, o que mostrou aumentos de 1,5% no mês e 10,8% nos últimos 12 meses. No financiamento de veículos, houve estabilidade em relação a fevereiro, com saldo de R$ 81,5 bilhões, mas queda de 2,6% nos últimos 12 meses. No financiamento imobiliário, o saldo de R$ 3,68 bilhões em março significou crescimentos de 6% no mês e 38,1% nos últimos 12 meses.

Com relação às pessoas jurídicas, o saldo de R$ 388,84 bilhões bilhões, em março, mostrou elevações de 0,9% no mês e 27,4% em 12 meses. (AG)

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