Reunida no Hotel Braston, em São Paulo, a executiva nacional da CUT iniciou nesta terça-feira o debate para definir as principais linhas de ação do período. Pela proximidade da data, o 19 de junho, Dia Nacional de Luta por “Menos juros, Mais Desenvolvimento” ganhou destaque na pauta, havendo uma unanimidade de toda a direção quanto à necessidade da mais ampla mobilização.
Na avaliação de Quintino Severo, secretário geral da CUT nacional, “da mesma forma que a campanha pela redução da jornada sem redução de salário, a manifestação em frente ao Banco Central necessita do envolvimento do conjunto dos Sindicatos e Ramos, para que a nossa mensagem contra os juros altos e o superávit primário elevado chegue até a sociedade e se converta em elemento de pressão por mudanças nesta política”. Quintino relatou que em conversa telefônica com o presidente nacional da CUT, que se encontra em Genebra, participando da reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Artur Henrique sublinhou a importância de jogar peso na convocação.
“Temos um projeto claro de desenvolvimento com geração de emprego e distribuição de renda, e isso está sendo colocado em xeque pelo recente aumento da taxa de juros determinado pelo Copom, que vai na contramão da produção, alimentando os especuladores”, disse Quintino.
Entre outros pontos de pauta cutista, a reunião está debatendo a continuidade da campanha pela redução da jornada para 40 horas semanais, a mobilização contra o fator previdenciário, a luta contra a precarização e limites à terceirização.
As secretarias nacionais de Organização e Comunicação apresentaram algumas propostas de peças publicitárias da campanha pela ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT, que tratam, respectivamente, do direito dos servidores públicos à negociação coletiva e de coibir a demissão imotivada nas empresas privadas.