Os bancários do Rio de Janeiro voltaram a paralisar as atividades nesta quarta-feira 22 das 45 agências da Avenida Rio Branco, repetindo o que fizeram ontem. O objetivo foi pressionar os bancos a apresentarem uma proposta que atenda às reivindicações da categoria, na quinta rodada de negociações que acontece nesta tarde, em São Paulo.
A mobilização contou com a adesão de mais de 1 mil bancários. “As mobilizações vão se intensificar cada vez mais, não estando afastada a possibilidade da deflagração de uma greve nacional da categoria, caso os bancos não apresentem uma proposta decente, hoje”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Almir Aguiar. A postura intransigente dos bancos privados tem se repetido, também, nas negociações específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Balanço das negociações
Nas quatro rodadas de negociação realizadas até agora com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban não apresentou nenhuma proposta para as principais demandas dos trabalhadores: reajuste de 11%, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), valorização dos pisos salariais, elevação dos auxílios refeição/alimentação e creche/babá, combate às metas abusivas, fim do assédio moral, plano de carreiras, cargos e salários em todos os bancos, proteção ao emprego, mais contratações, auxílio-educação e segurança contra assaltos, entre outros itens.
Greve
O Comando Nacional dos Bancários orientou os sindicatos a realizarem assembleias no dia 28 para discutir e deliberar sobre a proposta que vier a ser apresentada pela Fenaban. “Os banqueiros estão empurrando a categoria para a greve. Em caso de rejeição da proposta, os bancários poderão entrar em greve a partir do dia 29 por tempo indeterminado”, adiantou o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Marcelo Pereira.