Terceirizados de PAB do Banco do Brasil recebem R$ 514 por mês

Quem chega no Posto de Atendimento Bancário (PAB) da Prefeitura da Carapicuíba tem certeza que está entrando em uma dependência do Banco do Brasil. Tudo remete ao banco público, a começar pelo nome do banco, estampado em vários locais, e também pela identidade visual e cores e no mobiliário, típicas das agências do BB. Mas tudo não passa de fachada.

“O PAB foi entregue à terceirizada Brasvalor Logística, que na verdade opera no local um correspondente bancário disfarçado de PAB do BB”, denuncia o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do banco Hugo de Aquino, destacando que os dois funcionários que trabalham no local recebem R$ 514 líquidos por mês.

“É um terço do que um caixa executivo do BB recebe, e o serviço que realizam é idêntico. Além disso, eles recebem ridículos R$ 3 de vale-refeição por dia e tem jornada de oito horas, contra as seis horas diárias dos bancários contratados pelo banco. Trata-se de uma violência trabalhista patrocinada pelo banco”, diz Hugo, que ainda lista falta de porta de segurança, falta de vigilantes e falta de banheiro como problemas detectados no local e que precisam de solução urgente.

Prefeito

O Sindicato notificou a Superintendência Estadual do banco em São Paulo e também entrou em contato com o prefeito de Carapicuíba, Sérgio Ribeiro (PT) e com o secretário de Governo do município, Aguimarães Caldas. Na terça-feira, 14, Ribeiro recebeu os representantes dos trabalhadores.

“O atual prefeito se mostrou sensibilizado e se comprometeu a cobrar do BB o retorno de trabalhadores bancários ao PAB da Prefeitura”, afirmou Hugo.

Ele lembra que trabalhadores que operam numerários, fazem depósitos, abrem contas e manuseiam cheques, por exemplo, são caracterizados como bancários, tendo assegurados seus direitos na Convenção Coletiva Nacional.

“A lei não permite que o correspondente bancário efetue exclusivamente serviço bancário, como neste caso. Queremos o fim da terceirização e a realização de concursos públicos. Os correspondentes bancários não podem ser instalados ao lado dos bancos e servir à substituição dos bancários” diz Hugo.

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