Um cliente foi morto, na sexta-feira, dia 14, após reagir a uma tentativa de assalto, em Sorocaba, no interior de São Paulo.
O engenheiro Luis Antonio Queiroz Castro, de 52 anos, havia feito um saque de mais de R$ 40 mil para o pagamento de funcionários, quando foi abordado, próximo ao estacionamento de um banco na avenida São Paulo. Era casado e deixa três filhos.
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De acordo com a polícia, Castro tentou fugir para se esconder atrás de um carro e foi baleado. Já foi aberto um inquérito para investigar o caso, mas por enquanto ninguém foi preso.
Os assaltantes fugiram em uma moto sem levar nada. O engenheiro chegou a voltar à agência para pedir ajuda e devolver o dinheiro, mas, ferido, não sobreviveu até a chegada do socorro.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba, Júlio César Machado, a morte do cliente podia ter sido evitada. “A realização de pagamentos em espécie é uma péssima iniciativa. Os bancos podem atender essa necessidade através da conta salário”, explica.
Júlio também denuncia a insistência do Itaú em manter suas agências sem divisórias entre os caixas. “Isso pode ter favorecido a ação criminosa, bastando que um olheiro estivesse no interior do banco e presenciado o saque volumoso”, aponta.
“Estivemos no setor de fiscalização da Prefeitura no dia anterior ao crime, onde obtivemos a informação de que quatro agências bancárias de nossa cidade haviam sido multadas, todas do Itaú”, aponta o dirigente sindical.
“Há vários anos estamos insistindo na prevenção em termos de segurança, iniciada em 2007 com o pioneiro pedido de instalação de divisórias dentro dos bancos para impedir a visualização das transações feitas nos caixas”, lembra Júlio.
Ele cita que são inúmeros os casos registrados nos arredores das agências do Itaú e lamenta que a Políia Militar não tenha dados estatísticos sobre a prática da “saidinha de banco”, pois em seus relatórios são apontados apenas como ocorrências.
O presidente do Sindicato destaca ainda que recente notícia na TV mostrou como o cliente foi acompanhado até a calçada na saída da agência. “Na matéria foram informadas sete ocorrências como ‘saidinha de banco’, mas em apenas uma das agências do Itaú da Avenida General Carneiro este crime foi praticado por três vezes em um mesmo dia e nenhum jornal noticiou os crimes”, salienta.