O balanço do sexto dia de greve nacional da categoria, na terça-feira 29, registra 797 locais parados, número que abrange 36.200 bancários em São Paulo, Osasco e região. A força da mobilização garantiu novas rodadas de negociação, agendadas para quarta-feira com o Banco do Brasil e para a próxima quinta-feira 1º de outubro, com a federação dos bancos (Fenaban).
Além das agências, ficaram fechados 17 prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero Badaró e Álvares Penteado), Unibanco (Patriarca e Boa Vista) Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino, Compe e Gecex III), Caixa Econômica Federal (São Joaquim, Brás e Sé) nas terceirizadas Fidellity e Aymoré Financeira. No Bradesco Alphaville, onde funciona a área de sistemas do banco, novamente a paralisação se estendeu até 9h30.
O Sindicato chegou cedo no Centro Administrativo São Paulo (Casp) do HSBC, às 5h. Os trabalhos foram retomados às 10h após muito assédio moral e ação da Polícia Militar.
Terceirizada
A Fidelity, com mais de 1.500 funcionários, entrou nessa terça-feira no quinto dia de greve por respeito aos direitos e melhores condições de trabalho. Em assembleia no final da tarde, os trabalhadores decidiram manter os braços cruzados.
A secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que a exploração dos trabalhadores terceirizados tem a conivência das instituições financeiras. “Os salários desses funcionários são muito baixos, em média R$ 495, e o vale-refeição de R$ 3. Esses números dão a dimensão da realidade dos terceirizados que ainda convivem com problemas de assédio moral e de extrapolação de jornada sem o pagamento de hora-extra”, denuncia.