Arraiá do Sufoco agita Dia de Luta no BB, em clima de São João, na Paraíba

Nesta quarta-feira, 23 de junho, véspera do São João, os bancários retardaram a abertura do expediente ao público em uma hora, em sete agências do Banco do Brasil, na capital paraibana, em protesto pela não apresentação de uma proposta de Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), implantação do Plano Odontológico e contratação de mais funcionários, dentre outras pendências do que foi acordado na campanha salarial do ano passado.

E, como se trata da véspera da maior festa popular da Região Nordeste, o São João, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba promoveu o “Arraiá do Sufoco”, na entrada do condomínio do Banco do Brasil na Praça 1817, das 9h às 11h. Muito forró, canjica, pamonha e a animação do Trio de Forró Ripa na Chulipa garantiu o sucesso da mobilização dos bancários.

As agências do BB onde houve o retardamento da abertura do expediente ao público – Praça 1817, Agência João Pessoa, Treze de Maio, Epitácio Pessoa, Tambáu, Bessa e UFPB – têm cerca de 60% do funcionalismo do BB em João Pessoa.

De forma pacífica, alegre e descontraída, os bancários demonstraram toda sua indignação com o descaso com que têm sido tratados pela direção do BB, que insiste em não apresentar uma proposta de Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), o Plano Odontológico e não contrata funcionários suficientes para a demanda atual da instituição financeira.

Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, falou para clientes e usuários do BB sobre o protesto e explicitou que os funcionários do Banco do Brasil não são responsáveis pela precariedade no atendimento. “Esperamos que a sociedade entenda que os problemas de atendimento no Banco do Brasil são de responsabilidade da direção do banco e não dos bancários. É por isto que estamos protestando hoje e vamos continuar lutando até que o BB trate funcionários, clientes e a sociedade em geral com dignidade”, concluiu.

Os protestos contra a falta de funcionários, as condições de trabalho, o péssimo atendimento dispensado à sociedade e o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, que o Sindicato dos Bancários da Paraíba já vem fazendo há algum tempo, vão continuar.

“Agora, com a adesão espontânea do funcionalismo do BB, em um movimento que ganhou dimensão nacional, esperamos que a direção da instituição financeira pública se proponha a agir com seriedade e apresente soluções para as pendências que se arrastam desde a campanha salarial do ano passado”, concluiu Marcos Henriques.

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