Na última quinta, 28 de agosto, ocorreu um novo assalto em agência bancária de Curitiba, desta vez, na Caixa Econômica do bairro Tingui. Na terça (26), uma mulher foi assassinada dentro da área de auto-atendimento de uma agência do Bradesco. Em comum entre as duas ocorrências, a insegurança nas agências e postos de atendimento bancário, áreas muito visadas pelos criminosos.
“Os bancos devem criar sistemas de gravação eletrônica de imagens e centrais de monitoramento de vídeo em tempo real, integrada às policias e secretarias de segurança pública”, explica Otavio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região (Seeb Curitiba). “Os investimentos que os bancos fazem em segurança está muito aquém do necessário para garantir tranqüilidade aos clientes, usuários, bancários e vigilantes. O foco dos bancos é apenas com seu patrimônio. A Federação Brasileira dos Bancos, ao negar debater o tema com seriedade, está colocando vidas em risco”, afirma.
No dia 02 de setembro, a Federação estará negociando com os bancários, dentro da Campanha Salarial 2008, algumas claúsulas relacionadas à segurança. Novamente os bancários irão insistir que é urgente a adoção de medidas de segurança como portas giratórias com detectores de metais no acesso principal da agência – antes dos terminais de auto-atendimento -, implantação de câmeras de segurança digitais e de vidros blindados em todas as agências e postos de atendimento bancário. Infelizmente, nem todas as agências possuem estes recursos, sem contar que não há rigor na implementação, atualização e fiscalização dos planos de segurança das agências. As vistorias cabem à Polícia Federal.
Tanto isto é verdade, que as imagens das câmeras do Bradesco que registraram o assassinato do último dia 26 de agosto foram obsoletas para as investigações. Os bancários também lutam por mais vigilantes nas agências e pela atualização da lei federal nº 7.102 de 20 de junho de 1983, que rege a segurança privada no país.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região (Seeb Curitiba), assim como entidades associativas dos trabalhadores bancários e vigilantes em todo o país, defendem que a questão não é apenas de segurança pública e que os bancos devem investir mais em segurança bancária para inibir a ação de crimes e diminuir a incidência de ocorrências em agências e postos de atendimento bancário e suas imediações.