O Santander reduziu unilateralmente a concessão do auxílio-academia. A partir de agora, funcionários que ganham acima de R$ 3 mil não poderão mais usufruir do reembolso de 50% do valor da mensalidade, até o limite de R$ 60 para quem trabalha nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e no Distrito Federal, e de R$ 50 nos demais estados.
A medida surpreendeu os trabalhadores. O auxílio para academia de ginástica está previsto na cartilha de benefícios do banco, que tem o título de “Você e a Organização – Confiar para Construir”, distribuída em maio de 2009, durante o processo de fusão com o Real. Os valores estavam inclusive congelados, pois desde então nunca foram atualizados, apesar do aumento dos preços das academias.
“O banco rasgou a cartilha, uma vez que tal auxílio está previsto nas páginas 54 e 55 dentro dos chamados benefícios que tratam do ‘seu bem-estar’. É um retrocesso injustificável que ocorre ao mesmo tempo em que o Santander divulgou o balanço com lucro que cresceu 5,1% e atingiu R$ 7,75 bilhões, que representa 28% do resultado mundial do banco”, avalia o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Clique aqui para ver as página da cartilha sobre o auxílio-academia.
“Infelizmente ainda não conseguimos incluir esse benefício e outros que estão na cartilha no acordo aditivo do Santander à convenção coletiva, apesar das tentativas que fizemos nas últimas campanhas”, destaca o dirigente sindical. “O aditivo protege as conquistas e valoriza os trabalhadores”.
“Reivindicamos que o Santander volte atrás e garanta o auxílio-academia para todos os trabalhadores, independentemente de faixa salarial”, conclui Ademir.