Neste sétimo dia da greve nacional dos bancários, o movimento continuou ganhando novas adesões, sobretudo de agências de bairro. Na base da FETEC/CUT-SP, foram 1.325 locais de trabalho paralisados nesta quarta-feira, enquanto na terça (29), haviam sido registradas 1.115 unidades fechadas.
Diante de uma greve forte, os bancos intensificam as práticas antissindicais com intuito de arrefecer o movimento. Para isso, se valem de uso indiscriminado e irregular de interditos proibitórios, uso de força policial, pressões das gerências, contingenciamentos e práticas de assédio moral. “São intimidações de toda parte. Mas, os bancários não se deixam abater. A greve segue no pique total e com a disposição dos trabalhadores de se manterem firmes nessa luta”, afirma Sebastião Geraldo Cardozo, presidente da FETEC/CUT-SP.
Conforme o dirigente, a expectativa do movimento sindical é de que na retomada das negociações com os bancos possibilitem avanços no diálogo entre patrões e trabalhadores. “Esperamos que, nesta quinta-feira (01), a Fenaban se mostre socialmente responsável e apresente proposta que seja capaz de atender aos anseios da categoria”.
A rodada com a Fenaban terá início às 10h, desta quinta-feira. Para o período da tarde, também está prevista a retomada dos diálogos com a Caixa Econômica Federal.
Nesta quarta-feira, foram retomadas, com alguns avanços, as negociações específicas com o BB. O banco aceita adotar medidas de combate ao assédio moral e contratar três mil novos funcionários até 2010. Quanto à isonomia, disse que está regularizando a situação dos funcionários pós-98. No que diz respeito à PLR, propõe manter o atual modelo e condiciona a discussão de outras reivindicações ao resultado da rodada com a Fenaban.
A conversação com o BB prossegue após a reunião com a Federação Nacional dos Bancos.